terça-feira, 9 de junho de 2009

Oh fachavor era uma maioria absoluta para a mesa do canto


Em que medida se podem extrapolar os resultados das europeias para as legislativas de 2009? Esta a pergunta que exige a resposta de 1 milhão de dólares. Ou de euros. Pelas contas dos resultados finais, a repetirem-se estes números nas eleições para o parlamento português, o PS não só perderia a maioria absoluta como a maioria simples. O PSD de Manuela Ferreira Leite seria chamado a formar governo e estaria perto de obter maioria absoluta se avançasse para uma aliança pós-eleitoral com o CDS.


José Sócrates perde nestas eleições a áurea de invencibilidade. O secretário-geral empenhou-se pessoalmente, desde a escolha do candidato até à sua entrada em campanha. A palavra de ordem é agora de baixar o grau de importância das europeias, como já indiciou o discurso de anteontem, quando reconheceu os resultados do Partido Socialista como "decepcionantes", para logo acrescentar que o governo apenas será julgado "dentro de uns meses". Mais, disse Sócrates, tocando a reunir, "vamos manter o rumo e continuar a combater a crise". Ou seja, quase um..."baralha e volta a dar" é a resposta que o PS tem para um País que está, claramente farto de política do País das Maravilhas.


Uma palavra para a abstenção.


Numa campanha em que houve 13 listas concorrentes, em que os 5 partidos com lugar na AR se bateram ao máximo pelo "voto útil", em que o prórpio PE investiu em acções de sensibilização e apelo ao voto nestas eleições a abstenção europeia rondou os 55/60% e em Portugal chegou aos 62,97%, números preocupantes tanto para vencedores como para vencidos, por demonstrar um descredito das instituições europeias.

2 comentários:

  1. Ninguém quis baixar grau de importância. Decepcionantes é diferente de irrelevantes.

    Fala-se de coisas distintas. Europeias são diferentes de legislativas ponto final parágrafo. As extrapolações são te convenientes mas não convincentes...

    Conselho: não embandeires ainda em arco...

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  2. Percebo o que queres dizer mas refiro-me principalmente à pérola do discurso de Sócrates onde diz que não vai mudar nada no seu rumo. Achei que um resultado destes deve sempre dar que pensar, como referiu Manuel Alegre, António José Seguro, como decerto pensa qualquer cidadão português. São europeias, mas são para refletir, porque se o rumo é o certo e muita foi a intervenção do Primeiro Ministro na campanha, não chega Vital dizer que a culpa é dele...

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